A Grande Loja de York – 1725 ou Grande Loja da Inglaterra

A GRANDE LOJA DE YORK – 1725

OU

GRANDE LOJA DA INGLATERRA


A Loja de York, cujos registros datavam de 1705, mas que proclamava a sua existência desde a organização do rei Athelstan em 926, fundou uma Grande Loja para toda a Inglaterra, em 1725. Com algumas exceções, esta Grande Loja tinha sob sua jurisdição somente Lojas da área de York. Teve períodos intermitentes de atividade até 1792, quando abateu colunas. Várias Lojas jurisdicionadas ficaram trabalhando independentemente até ao início do século XIX.


Devido à sua localização de York, a matriz de toda a Maçonaria da Inglaterra, esta Grande Loja procurou trabalhar em conformidade com as práticas e costumes dos Antigos Deveres – Old Charges – da Maçonaria Operativa. Também, devido à sua localização histórica, esta Grande Loja recebeu em sua jurisdição várias Lojas independentes e que a ela se filiaram.


A Grande Loja de York normalmente conferia os graus de Cavaleiro Templário e o Santo Real Arco, com sendo o quarto e o quinto graus, atribuindo a estes graus uma ligação com a “Antiga Maçonaria de York”. Documentos existentes revelam que algumas Lojas da jurisdição não aderiram a estes graus.


Embora esta Grande Loja não tenha crescido durante a sua existência, a sua maior contribuição à moderna Maçonaria foi a sua histórica conexão entre a antiga e a nova fraternidade.


A GRANDE LOJA DA IRLANDA – 1730

Há indicações de que a Maçonaria Especulativa já existia na Irlanda desde o final do século XVII. A Grande Loja da Irlanda foi constituída em 1730 e publicou no mesmo ano a sua Constituição. Esta Grande Loja abrigava um bom número de Lojas militares em regimentos do exército inglês, durante o período da expansão colonial da Inglaterra.


A maioria das primeiras Lojas irlandesas, que funcionavam nos regimentos militares, conferiam os graus do Maçom do Real Arco e Alto Cavaleiro Templário, nesta ordem.


Em 1790, o Grande Secretário Adjunto desta Grande Loja, escreveu: “Nós, os Maçons da Irlanda, somos um ramo dos Antigos Maçons de York”. O Real Arco e as figuras do leão, do touro, do homem e da águia foram incluídas em seu brasão de armas.


A Grande Loja da Irlanda possui atualmente quatro Lojas, agregadas a regimentos militares ingleses, e todas as sua Lojas conferem somente os três graus simbólicos.


A GRANDE LOJA DA ESCÓCIA – 1736

Embora as Lojas maçônicas de Escócia tivessem admitido membros Especulativos antes de qualquer outra região das Ilhas Inglesas, esta foi a última área da Bretanha a fundar a sua Grande Loja. À Loja Kilwinning-Canongate, de Edimburgo, é atribuída a proposta de formação desta Grande Loja, em 1735. Nessa época existiam cerca de 100 Lojas na Escócia, e muitas delas eram ainda formadas por maçons operativos. A Grande Loja foi fundada em 1736 pelos delegados de 33 Lojas, reunidos com essa finalidade. A numeração das Lojas escocesas teve como base a documentação que provasse a sua idade. Conseqüentemente, até hoje se discute qual das Lojas é a mais antiga e, portanto, com direito ao número mais baixo.


A GRANDE LOJA DA INGLATERRA (DOS ANTIGOS) – 1751

O nome oficial desta Grande Loja era “Grande Comitê da Muito Antiga e Honorável Fraternidade dos Maçons Livres e Aceitos de Acordo com as Antigas Instituições”. Tornou-se também conhecida como Grande Loja Atholl, devido a que os Duques de Atholl foram seus Grão-Mestres por vários anos.


Após a fundação da primeira Grande Loja em Londres em 1717, aquele Alto Corpo instituiu algumas práticas que, na opinião de muitos maçons, modernizaram demais a Instituição.


Tornou-se prática comum das Lojas dos “Modernos” excluir membros operativos e passaram a recrutar membros dos extratos aristocráticos da sociedade. Devido a isso, muitas Lojas da Inglaterra se recusaram a filiar-se à Grande Loja de Londres. Além disso, aos maçons irlandeses regulares, com residência em Londres, não era dado o direito de visita às Lojas dos aristocratas.


Devido a isso, 6 Lojas independentes de Londres formaram, em 1751, o que viria a ser a Grande Loja dos Antigos.

O segundo Grande Secretário desta Grande Loja foi Lawrence Dermott, eleito em 1752. Dermott consolidou a organização administrativa deste Alto Corpo, além de escrever “O Ahiman Rezon” em 1756, que foi adotado como Constituição para o governo deste Corpo e de suas Lojas jurisdicionadas. Dermott afirmou no Ahiman Rezon que “acredito firmemente que O Real Arco é a raiz, o coração e a medula da Maçonaria”.


Além dos três graus da Maçonaria, reconhecidos pelos Modernos nessa altura, os Antigos consideraram o grau do Real Arco uma parte necessária da Antiga Maçonaria Simbólica, e passaram a controlá-lo. O brasão de armas desta Grande Loja era inicialmente composto por motivos ligados ao Real Arco. A existência deste grau em uma Loja Simbólica criou uma polêmica que existe até hoje.


Entre 1760 e 1770, para a Grande Loja dos Antigos, a Grande Loja de York estava adormecida. Durante esse período se fizeram muitas referências ao sistema da Antiga Maçonaria de York. Estas referências levaram alguns escritores maçônicos a atribuir muitas atividades à Grande Loja de York quando, de fato, elas foram realizadas pela Grande Loja dos Antigos.


A Grande Loja dos Antigos sempre afirmou que eles praticavam a “Antiga Maçonaria de York”, a herdeira da organização original do Rei Athelstan fundada em York em 926 dC, e subseqüentemente desenvolvida pela Maçonaria Operativa. Eles evitaram todas as inovações e modernismo que estivessem em desacordo com os “Antigos Deveres”.


É por isso que todas as Lojas e Grandes Lojas que surgiram da Grande Loja da Inglaterra dos Antigos são caracterizadas como praticando a “Antiga Maçonaria de York”.


Tendo em vista que as Lojas Simbólicas dos Antigos conferiam regularmente os graus do Santo Real Arco e Cavaleiro Templário, estes graus tomaram outro significado dentro da Maçonaria de York e isto acontece até hoje nos Estados Unidos da América, no Rio de York.


GRANDES LOJAS SEPARATISTAS

Além das quatro Grandes Lojas já mencionadas, existiram dois outros Altos Corpos nas Ilhas Britânicas no século XVIII, ambas em Londres. Cada uma delas teve existência curta, com poucas Lojas, cobrindo um pequeno território. Só as mencionamos para completar o relato, e porque poucos são os maçons que delas têm conhecimento.


A primeira, “A Suprema Grande Loja” foi fundada em 1770 por algumas Lojas que tinham sido expulsas da Grande Loja dos Antigos. Os poucos registros existentes indicam que não mais de cinco Lojas foram jurisdicionadas a este Alto Corpo, e que muitos dos seus membros eram escoceses. Existem registros de visitantes oriundos de Lojas jurisdicionadas à Grande Loja de Escócia e de Lojas jurisdicionadas à Grande Loja dos Antigos.


Esta Grande Loja adormeceu entre 1775 e 1777, quando quatro de suas Lojas retornaram à jurisdição da Grande Loja dos Antigos e uma filiou-se à Grande Loja dos Modernos.


A segunda, “A Grande Loja da Inglaterra ao Sul do Rio Trent”, fundada em Londres, em 1779, pela Loja Antiguidade ( dos Modernos ). Começando em 1777, sob a liderança do conhecido ritualista William Preston, esta Loja desafiou a Grande Loja dos Modernos, e Preston e outros Irmãos foram expulsos. A Loja se separou da Grande Loja e solicitou carta constitutiva à Grande Loja de York, que foi concedida a 29 de março de 1779. Esta Carta Constitutiva autorizava a fundação de uma Grande Loja, ao Sul do Rio Trent. Esta nova Grande Loja viveu dez anos e fundou duas novas Lojas. Em 1789 as três Lojas deste Alto Corpo se reconciliaram com a Grande Loja dos Modernos, para onde retornaram, acabando com o corpo separatista.

 Ir. Antonio Rocha Fadista – MI.’.
A.R.L.S.

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