A Maçonaria na Inconfidência Mineira

O presente trabalho, puramente despretensioso, foi desenvolvido com a intenção, única, de demonstrar um ponto de vista pessoal, segundo as minhas crenças, não se cogitando debates com esse ou aquele autor, mesmo porque não há razão para tal.
Não tenho a menor pretensão de contestar o ponto de vista, assim como as pesquisas e a opinião pessoal dos autores. Reconheço serem esses pareceres objeto de pesquisas fundadas em obras e documentos de reconhecido e incontestável valor histórico.

A HISTÓRIA E OS FATOS

A Inconfidência Mineira, movimento de libertação que se desenrolou na Capitania das Minas Gerais, cujas origens e autoria são objeto de discussões entre autores renomados e de indiscutível capacidade, incansáveis pesquisadores e estudiosos aplicados, os quais se acusam mutuamente de serem tendenciosos e portadores de fantasias.

Alguns afirmam ter sido a Conjuração Mineira um movimento maçônico idealizado por maçons brasileiros ao mesmo tempo que outros contestam essa afirmação, mencionando documentação farta e fontes bibliográficas de valor incontestável, alegando não ter havido Maçonaria nesse movimento, por não haver registros históricos comprovando ter existido naquela época Lojas regulares no Brasil.

O próprio autor que contesta ter sido o movimento idealizado por maçons, afirma que os historiadores têm se baseado, principalmente, nos autos da Inconfidência Mineira. Que esses autos foram promovidos pelo Portugal opressor, e manipulado pelos juizes da época que conduziram o processo em total sigilo, não revelando, com certeza, os fatos verdadeiros.

” O documento básico no qual todos os historiadores têm se baseado são os “Autos da Inconfidência Mineira”, porém convém não esquecer que quem tinha o poder na época do processo dos Inconfidentes era o Portugal opressor.” (Frederico Guilherme da Costa- Questões controvertidas da Arte Real- pg. 37).

Reconhece ainda, o mesmo autor, que as Lojas Revolucionárias eram clandestinas e rebeldes e acrescenta que o Santo Ofício aproveitou a Inquisição como instrumento de controle social e ideológico, fazendo com que a Maçonaria tivesse caráter de instituição clandestina, nos países latinos.

“O papel da INQUISIÇÃO em países como Portugal e Espanha, onde o Santo Ofício se utilizou deste flagelo como instrumento de controle social e ideológico fez com que nos países latinos a Maçonaria tomasse o caráter de uma instituição semiclandestina empenhada em fazer política de oposição de caráter liberal e propaganda anticlerical.” (Frederico Guilherme da Costa – Questões controvertidas da Arte Real – pag.61)

Se basearmos nos autos da Inconfidência Mineira, não estaremos relatando a história do movimento, mas apenas a versão dos juizes, pois, como menciona A.Tenório D’Albuquerque em seu livro A Maçonaria e a Inconfidência Mineira, ” o processo tinha sido secreto e arbitrário, e o tribunal supremo gozava das prerrogativas absolutas da Coroa” .

Mesmo havendo indícios de que o movimento tenha sido planejado pela Maçonaria, o pavor que as autoridades da época tinham dela, jamais fariam constar, nesses autos, o verdadeiro acontecimento.

Relata ainda A.Tenório D’Albuquerque que era considerado criminoso ser Maçom. Bastava ainda ter livros escritos em francês ou possuir a constituição dos Estados Unidos para que um cidadão fosse perseguido, preso e processado por alta traição.Que a maior parte da documentação existente foi destruída pelos conspiradores e os Juízes adulteraram muitos depoimentos, pois tinham pavor das chamadas idéias novas, da pregação democrática e dos princípios de dignificação do homem, tamanho era o fanatismo contra a Maçonaria que temiam proferir a própria palavra. A Maçonaria brasileira, na época, sendo uma instituição clandestina, por força das leis e da própria ignorância do povo, não tinha liberdade para promover reuniões em locais conhecidos nem tampouco registrá-las em qualquer tipo de ata, tendo sido destruída a pouca documentação existente, por ser considerado muito comprometedora.

Menciona o autor A.Tenório D’Albuquerque que um fator que muito contribuiu para a deturpação da verdade histórica foi o medo sem limite que a maioria dos autores, sob o domínio da ignorância do assunto, têm da Maçonaria.

Se não existem documentos que comprovam, a participação da Maçonaria no movimento de libertação mineiro, também não existem documentos que provam o contrário.

“E o mais vergonhoso é que em 1.789, os inquisidores ainda falavam em rebelião dos Estados Unidos, quando desde 3 de setembro de 1.783, pelo Tratado de Paris, já a Inglaterra reconhecera a emancipação da sua antiga colônia.!”(A. Tenório D’Albuquerque – A Maçonaria e a Inconfidência Mineira – pag 17)

As reuniões maçônicas, na época, eram feitas em casas residenciais, com pretexto de reuniões familiares, onde os maçons discutiam os mais variados assuntos, principalmente as idéias de liberdade, mesmo assim, não estavam livres das indiscrições profanas, o que dificultava as discussões mais importantes. Nada podia ser escrito, pois o relato de uma reunião poderia se transformar na confissão de um crime punido com pesadas penas. Até hoje, existe a casa do Padre Rolim, na cidade de Tiradentes MG, com o salão onde se promoviam festas de casamentos e batizados, ocasião em que os maçons aproveitavam para se reunir em um local discreto da casa, sem despertar suspeitas

“Assim vem sendo balburdiada a história da Conjuração Mineira. Nesse tumultuar, há o propósito de falsear, de baralhar para confundir, para ludibriar, para ocultar que a Conjuração Mineira foi UM MOVIMENTO MAÇÔNICO, IDEALIZADO POR MAÇONS BRASILEIROS QUE ESTUDAVAM NO ESTRANGEIRO, ONDE SE INICIARAM E QUE PROCURARAM O APOIO DE UM PAÍS – OS ESTADOS UNIDOS – CUJO GOVERNO ERA INTEGRADO POR MAÇONS, ISTO É, POR IRMÃOS, e solicitaram a intercessão de Irmão norte-americano , Thomas Jefferson, sabidamente maçom, pois que freqüentava Lojas na França, a exemplo do que fizera Benjamim Franklin.” (A.Tenório D’Albuquerque – A Maçonaria e a Inconfidência Mineira – pag 19.)

O episódio do pedido de maçons brasileiros a Thomas Jefferson mencionado no trecho acima, refere-se ao encontro que teria tido o estudante brasileiro José Joaquim Maia, o qual era acadêmico de medicina na Universidade de Montpellier, (não consta ter sido iniciado), procurou ajuda de um maçom ativo – Doutor Vigarous professor da faculdade de medicina – para encontrar-se com o representante do governo dos Estados Unidos em Paris, Sr. Thomas Jefferson. O encontro de fato aconteceu em Nimes, mas não consta ter o Sr. Jefferson encaminhado o seu pedido de intercessão – os Estados Unidos, na época, estava se recuperando da luta pela sua independência e é natural que não quisesse se indispor com Portugal – , porém é sugestivo que o tenha recomendado a comerciantes franceses, os quais poderiam ter se comprometido em enviar ajuda material.

“…Devidamente autorizado e informado, Maia procura o professor Vigarous, eminente médico e membro da Loja Maçônica local subordinada ao Grande Oriente da França, cujo filho era seu colega na Faculdade de Medicina, relatando-lhe os planos e solicitando apoio para um contato com o representante em Paris dos Estados Unidos da América. Os documentos não nos autorizam afirmar que o criptônimo VENDEK foi sugerido pelo Professor Vigarous ou se “era na realidade o nome de um comerciante francês estabelecido no Rio de Janeiro”…(José Castellani e Frederico Guilherme Costa – A Conjuração Mineira e a Maçonaria que não Houve)

Alguns autores, sugerem terem as idéias do movimento se iniciado nas Universidades de Coimbra e de Montpellier, com o indiscutível apoio das Lojas Maçônicas francesas e portuguesas, as quais além de iniciar os estudantes brasileiros, preparava-os para a condução do movimento em solo brasileiro.

” É inadmissível considerar a Inconfidência Mineira apenas no seu momento, quando da descoberta. Cumpre pesquisar as suas origens e reconhecer tratar-se de um movimento libertador do Brasil desopressor dos mineiros vilmente explorados pela cobiça insaciável da metrópole, movimento com indiscutível influência das idéias oriundas da França, dos enciclopedistas, que eram Maçons, arrancada para a liberdade, dirigida por maçons brasileiros e debatida e planejada em sessões maçônicas”(A.Tenório D’Albuquerque – A Maçonaria e a Inconfidência Mineira – pag. 20

A sentença proferida aos implicados na conjuração responsabiliza Tiradentes como principal idealizador do levante. Não menciona a verdadeira origem do ideal de libertação, provindo da Europa e trazido ao Brasil pelos estudantes recém formados que retornavam à Pátria, os quais se encarregavam de disseminar as idéias de libertação e traçar planos para o levante, tendo como principais idealizadores Tomaz Antônio Gonzaga, Inácio de Alvarenga Peixoto, Cláudio Manoel da Costa e José Alvares Maciel. Deve-se considerar como coincidência e oportunismo, aproveitar a data da derrama, para a deflagração da revolta.

“Mostra-se que entre os chefes e cabeças da Conjuração, o primeiro que suscitou as idéias de república, foi o réu Joaquim José da Silva Xavier, por alcunha o Tiradentes, alferes que foi da cavalaria paga da Capitania de Minas o qual há muito tempo que tinha concebido o abominável intento de conduzir os povos daquela Capitania a uma rebelião… “ (trecho da sentença lavrada por Vasconcelos Coutinho)

Como veremos mais adiante, as idéias trazidas da Europa (Portugal e França) não foram simplesmente idéias, foi um arrojado plano, minuciosamente estudado e traçado de forma a garantir o êxito do levante. No entanto a paixão e a vaidade de alguns participantes do movimento, fez com que cuidados fundamentais fossem desconsiderados, como a pressa e o critério na escolha e admissão dos membros, trazendo para o seio da trama e até iniciando, pessoas pouco recomendadas.

” Sedento de andar pela terra, deixei-me ficar dias no Porto do Rio de Janeiro a rever antigos conhecidos e a procurar os pontos de contato da Irmandade (Maçonaria), à qual eu trouxera uma carta lacrada em código” (Mariluza Moreira Vasconcelos – Confidências de um Inconfidente – Romance mediúnico ditado pelo espirito Tomaz Antônio Gonzaga)

A revelação do espírito Tomaz Antônio Gonzaga no romance mediúnico acima citado comprova a sua iniciação em Portugal, onde as reuniões maçônicas aconteciam discretamente, pois, como ficou claro acima, a Maçonaria não era tolerada em Portugal naquela época. Até as publicações estrangeiras sofriam censura, pois o governo se sentia ameaçado pelas idéias liberais que surgiam na Europa, principalmente na França (Autores como Russeau e Voltaire eram proibidos no país).
...- Então , o que ficou decidido em casa de Freire de Andrade ?
– O Sr. Maciel apresentou um novo iniciado o alferes Silva Xavier.
– Eu aprovo – falou o Mestre.
– Não pode haver homem de coração maior que este. Pode-se confiar nele.
– O Sr. Não entendeu, Mestre Lisboa. O alferes já é um dos nossos, aprovado por irmãos do Rio de Janeiro. Apenas não teve seu batismo porque não houve mais tempo. Eu tenho medo do entusiasmo do alferes – comentei.
– Pois é do que precisamos – retrucou Cláudio Manoel – de entusiasmo, de juventude, como a do Sr. Maciel, a do Tiradentes. Freire falou de Oliveira Lopes, a quem apresentou como um dos nossos, mais o Rezende Costa, o pai e o filho.
– Também foi iniciado o Jovelino Matos e o Loredo.
– Então já temos um grupo bom nas Gerais. Sr. Tomaz, o seu primo, o Dr. Inácio Alvarenga mandou-me cedo uma escrava. Diga a ele que, assim que receber, lhe pago… – Há que se iniciar o José Aires Gomes, amigo do Tiradentes, à instância deste e o Inácio Pamplona, à instâncias do Pe. Toledo. Também apresentaram o nome Pe. Manoel Rodrigues da Costa, do João Dias Motta, e do Luis Vaz Toledo.
– É preciso cuidado. Não há tanta pressa assim, pois quando se vai subir, é preciso toda a força, mais se a coisa desembesta para baixo, quem se toca a segurar ?
– O Senhor não sabe a metade. Pois foi colocar o Tiradentes e por ele convoca todos como um toque de trombeta do fim do mundo. Sabe quem ele intenta sondar e parece contar muito ? O Silvério dos Reis. Eu sou contra. Não concordarei com isto e, se ele for aprovado, não comparecerei, seja como for – falei contrariado. … – Por que não ? – Falara Cláudio Manoel – Ele não é pior que Rolim ou os outros fardetas. Quanto mais membros melhor.
– Isto posto que não posso concordar – aparteou o Aleijadinho – Entre o Rolim e o Sr. Silvério a distância é gritante, é preciso deixar bem claro o seguinte, se alguém trair… Cláudio Manoel fez um gesto com a mão no pescoço e era bem óbvio… traição era morte certa, degola, o fim…
Mestre Lisboa se vira impossibilitado de ir às reuniões, já que seu mal se agravara. Preso à casa, com dores e às vezes febres fortíssimas, tivera pouco socorro até que elas cedessem ou amainassem.
– Quem me diria, quando mais jovem, que um dia acabaria esse trapo – falara aborrecido.
– Não diga isto, Mestre Lisboa. O Sr. e o Dr. Tomaz, são a alma e a razão do levante, ambos príncipes rosa-cruzes… – falara com carinho Dr. Cláudio, procurando confortá-lo” (Mariluza Moreira Vasconcelos – Confidências de um Inconfidente – Romance mediúnico ditado pelo espirito Tomaz Antônio Gonzaga- pag. 161 e 163).

É possível concluir, sem ter documentos reconhecidamente autênticos da época – mesmo porque pelo já mencionado eles jamais existiram e os poucos que pudessem esclarecer algum fato foram destruídos, conforme ficou claro, por razões óbvias – que os Senhores Tomaz Antônio Gonzaga (grau 18) Cláudio Manoel da Costa, Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, (grau 18), Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, Alvares Maciel, Francisco de Paula Freire de Andrade, Antônio de Oliveira Lopes, José Rezende da Costa, José Rezende da Costa Filho, Jovelino Lopes, Inácio Alvarenga Peixoto, Joaquim Silvério dos Reis, José Aires Gomes, Inácio Pamplona, João Dias da Mota, Luis Vaz de Toledo, Padre José da Silva de Oliveira Rolim, Padre Carlos Correa de Toledo, Padre Manoel Rodrigues da Costa, o Cônego Luis Vieira da Silva, e o que acredita-se tenha sido o último iniciado Vicente Vieira da Mota, foram maçons ativos e membros da Loja das Minas Gerais, tendo sido eles os principais ativistas do movimento mineiro.
Ainda se faz menção a uma Loja Maçônica de Minas Gerais que existia na clandestinidade cujas reuniões eram feitas em residências dos seus membros. Consta ter sido apresentado o alferes no dia 27 de dezembro de 1.788 na reunião realizada na casa de Francisco de Paula Freire de Andrade.

“NA ÁGUA LIMPA
O cajado bateu 3 vezes e a porta se abriu. Vicente entrou, relanceando o olhar pelos lados, passou à direita do Livro e foi sentar-se ao lado do estrado.
Ainda podia sentir-se o cheiro de incenso no ambiente grave. De onde eu estava, via as duas colunas da entrada, e observa o jeito dissimulado daquele homenzinho torpe. O relator lia vagarosamente os nomes dos inscritos no levante.
Padre Rolim não dissimulava o desassossego. Se o soubessem ali, iria carpir cela.
O Venerável levantou-se. A ordem do dia foi aprovada.
Cada homem representava ali um circunscrição.
Se houver traição… – fez o alferes com sua voz possante – o culpado terá a morte.
Percebi que Vicente olhou para os lados.
Lentamente a reunião chegava ao fim. Eu sabia mais do que fora lido entre os presentes. Rolim e Tiradentes viajariam para o Rio de Janeiro para se encontrarem com o jovem Maciel.
Ouvi o martelo bater 3 vezes.
Aos poucos saímos devagar.
Fora, a garoa escondia o casario, por entre as montanhas. Estávamos em casa do sobrinho do Coronel Domingos Abreu Vieira , também parente do Padre Rolim, o Antônio Vieira da Cruz. Atualmente tal local chama-se Alto da Cruz. Atravessei o jardim da casa passando pelo Altar Doméstico, que imitava um nicho de água, com trepadeiras de flores azuis. A noite ocultava até mesmo a Igreja de Santa Ifigênia que ficava logo adiante…
… A lembrança do Altar Doméstico não me sadia da mente. Era uma temeridade que lá ficassem as atas das reuniões. Alí estava a abóbada de aço dois cajados e um bastão. Pela lógica, sendo uma representação de Loja Capitular, deveria ter dois bastões e um cajado. Mas na verdade, como o Diácono trabalhasse com o cajado, símbolo dos andarilhos, ali o Mestre representava a mim e ao Aleijadinho, ambos graus 18, ambos andarilhos, por efeito do cargo.
Acima viam-se as ponteiras que captavam as forças cósmicas.
Abaixo disfarçado pelo cano de água que o transformava num chafariz, via-se a Arca da Aliança, onde nossos documentos haviam sido postos e selados. A pessoa que ousasse quebrar o selo seria morta, por força das circunstâncias…
O Padre Rolim chegou ao Rio de Janeiro a 23 de março daquele ano e logo entrou em contato com o Tiradentes. Lá permaneceu até a segunda semana de agosto, poucos dias antes do Tiradentes retornar.
Soube depois, por ele mesmo, que a 24 de junho de 1.788 ele, Tiradentes e Maciel, reunidos na data significativa da Maçonaria, haviam traçado todo o plano do levante. Em dezembro, teríamos a definição nossa, no movimento, com as implicações das ações de cada um, particularmente.” (Mariluza Moreira Vasconcelos – Confidências de um Inconfidente – Romance mediunico ditado pelo espirito Tomaz Antônio Gonzaga)

As evidências contidas nos trechos acima são incontestáveis. É óbvio que existiu em 1.787/88 uma Loja em Minas Gerais a qual se reunia em casas de seus membros, pois não podiam,- por causa da perseguição sofrida pelos maçons na época ( a Maçonaria era considerada perigosa e ameaçadora ao trono de Portugal)- ser legalmente constituída e ter seu templo com endereço conhecido.
Fica perfeitamente comprovado que a Inconfidência Mineira, como afirma Arcy Tenório D’Albuquerque foi um movimento que teve origem e planejamento nas Lojas Maçônicas da Europa (França e Portugal), tendo sido discutido e colocado em prática por maçons ativos membros da, clandestina, Loja Maçônica das Minas Gerais e Rio de Janeiro.

Não se justifica, portanto, afirmar o contrário, somente porque não existe documentação histórica da época que possa comprovar a existência de Lojas formalmente constituídas.
José Castellani e Frederico Guilherme Costa, na publicação de sua autoria “A Conjuração Mineira e a Maçonaria que não houve, na pagina l45 conclui:
“Como vimos no decurso deste trabalho sobre a Maçonaria que não houve na Conjuração Mineira, o movimento não foi maçônico, nem poderia ser em função de não EXISTIR LOJAS à época. Tiradentes jamais foi iniciado sob qualquer circunstância.”
É perfeitamente possível deduzir que as reuniões, onde se tramaram o movimento de libertação tenham acontecido em locais improvisados e não em Lojas estabelecidas, pelo fato de não existir, na época, uma Maçonaria com lojas regulares e legalmente constituídas o que não era permitido, nem mesmo na Metrópole.

Nêodo Ambrósio de Castro – M\I\— Gr\ 32 REAA
A\ R\ L\ S\ Centenária Benso di Cavour n° 028 – GLMMG
Or\ Juiz de Fora MG

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Leonardo Loubak
Leonardo Loubak
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