O EXERCÍCIO DO VENERALATO

A Loja Maçônica é a célula básica da instituição, denominada “Loja Simbólica”. É onde a Maçonaria atua a nível local, sob a jurisdição do Grande Oriente Estadual. É onde o Maçom recebe instruções, onde são recebidos os pedidos de admissão e onde são conferidos os graus maçônicos. Em suma, é o local em que se congregam os Maçons para um trabalho específico.

Liderança envolve árduo-trabalho. Muitos dos líderes não conseguem desempenha-lo. Outros têm os atributos adequados, mas não conseguem fazer qualquer coisa a respeito, o que nos leva a definir e esclarecer princípios de liderança.

O estudioso Philip Crosby afirma: a liderança é, deliberadamente, fazer com que as ações conduzidas por pessoas sejam planejadas, para permitir a realização de um programa de trabalho”.

Adaptando esta definição para a linguagem maçônica, poderíamos ter algo assim: “liderança, deliberadamente, fazer com que as ações executadas pelo Venerável Mestre sejam planejadas para permitir a realização de um plano de trabalho”.

Desdobrando alguns elementos da definição, poderemos torná-la mais compreensível.

“Deliberadamente” significa que a Loja deve eleger um determinado caminho e um propósito, estabelecendo objetivos e metas claras para todos os Irmãos.

“Ações executadas pelos Irmãos” significa que os objetivos e metas devem ser alcançados por meio de ações empreendidas por todos os Irmãos e não ações executadas por “um pequeno grupo”.

“Planejadas” significa programar uma sequência de eventos que permita que os Irmãos saibam, exatamente, aquilo que vai acontecer e o que se espera que cada um faça”.

“Plano de trabalho” refere-se às realizações específicas que, realmente, se deseja-alcançar.

Portanto, ao demonstrar que sem planejamento a missão do Venerável Mestre fica intrincada, evidencia-se plenamente a necessidade de que cada Loja tenha perfeitamente delineado seus objetivos.

Para o exercício pleno da liderança é necessário, dentre outros, o estabelecimento dos seguintes pontos fundamentais:

a) Programa de trabalho claro e definido;

b) Filosofia individual; e

c) Relações duradouras.

Meditemos sobre tais pontos.

Há necessidade de compreender, assimilar e implantar tais itens no exercício do Veneralato, tendo sempre em mente a trilogia da Ordem Maçônica, Liberdade, Igualdade e Fraternidade.

Para suportar o peso do primeiro Malhete é necessário, antes de tudo, despojamento da dependência e das limitações da mente, o que requer de seu ocupante preparação, discernimento e sapiência. Ao ser escolhido para o cargo de Venerável de uma Loja Maçônica, por mais tranquilo e experiente que, seja, o Irmão acaba se deparando com uma sensação que não imaginara.

O frio percorre a espinha dorsal ao estalar a escada que conduz ao Trono de Salomão, o assento ao trono, a abertura dos trabalhos e a impaciência dos Irmãos, querendo ajudar, são fatores que acabam influindo na condução dos trabalhos.

O cargo de Venerável é temporário, e o exercício dignifica seu ocupante, por ter sido escolhido entre seus pares para a distinção de representá-los e conduzi-las à continuidade da Loja.

Na essência, o Venerável Mestre é um coordenador, instrumento gerador de frequência, de vibração, modelo, organizador, mediador, aglutinador, preceptor, mesmo porque lhe cabe manter a união do grupo, a harmonia do todo, o exemplo da conduta maçônica.

Por outras palavras, deve ter o perfil de líder agregador que entusiasme os Irmãos pela dedicação e abnegação à Maçonaria.

Em conclusão, com a adoção dos pontos enunciados, podemos sintetizar: que o Venerável Mestre, decidindo com coragem, risco e juízo, promovendo a paz, a harmonia e concórdia, e colocando liberdade com ordem, Igualdade com respeito e Fraternidade com justiça, terá amplo sucesso em sua Missão.

Ir.’. João José Viana, MI

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