Albert Pike

Albert Pike nasceu em 29 de dezembro de 1809 e era o filho mais velho de seis irmãos do casal Benjamin e Sarah Andrews Pike. Pike cresceu em um ambiente cristão freqüentando uma igreja Episcopal. Foi aprovado no exame de admissão Colégio de Harvard quando tinha 15 anos, mas não conseguiu freqüenta-lo por falta de dinheiro. Depois de viajar pelo oeste americano pela região de Santa Fé, Pike estabilizou-se no Arkansas, onde trabalhou como editor de um jornal local. No Arkansas, encontra Mary Ann Hamilton e casa-se em 28 de novembro de 1834. Desta união nasceram 11 filhos.Pike foi advogado, poeta, um profícuo escritor, general de brigada no Exército dos Estados Confederados da América e maçom. Era um leitor voraz, interessado especialmente em religiões e sistemas filosóficos das culturas antigas. Como general não comandou nem tropas brancas nem negras, mas índios americanos. Estudou e respeitou a opinião religiosa de seus comandados. Mas não importa como profundamente sondou em outras religiões, nada mudou em Pike, sempre foi um cristão devoto. |
Tinha 41 anos em 1850 quando foi iniciado na Loja Western Star Nº 2 em Little Rock, Arkansas. Muito ativo na Grande Loja do Arkansas, Pike galgou até o 10º grau do Rito de York de 1850 a 1853. Recebeu o grau 29º do R.E.A.A. em março de 1853 de Albert Gallatin Mackey em Charleston, S.C.
O R.E.A.A. havia sido introduzido nos Estados Unidos em 1783 e a cidade de Charleston foi o local do primeiro Supremo Conselho deste Rito, até que um outro Conselho, o Supremo Conselho do Norte foi estabelecido na cidade de New York em 1813. A divisão de jurisdição entre o Sul e Norte foi regulamentada 1828 e permanece até hoje.
Mackey então convidou Pike a participar da Jurisdição do Supremo Conselho do Sul em 1858 em Charleston chegando ao cargo de Grande Comandante deste Conselho no ano seguinte. Pike prendeu-se a este cargo até sua morte, dedicando-se a diversas atividades do Conselho, inclusive a advocatícia. Entretanto, Pike foi envolvido pela guerra civil americana dedicando-se grande parte de sua vida à ela. Vivia freqüentemente pedindo o dinheiro para suas despesas básicas, até que o conselho votou uma anuidade de U$ 1.200,00 em 1879 pelo resto de sua vida. Pike faleceu em 2 de abril de 1891 com 81 anos em Washington, D.C..
Para que o R.E.A.A. pudesse sobreviver, Pike realizou uma importante e necessária revisão deste Rito. Nesta empreitada foi incentivado por Mackey para produzir um ritual padrão para o uso em todos os estados da Jurisdição do Sul. A revisão começou em 1855 e depois de algumas alterações o Conselho Supremo endossou a revisão de Pike em 1861. Mudanças menores foram feitas em dois Graus, mais tarde em 1873, em conseqüência de afirmações que os graus 29° e 30° revelavam segredos do Rito de York.
Pike escreveu diversos livros de História, Filosofia e viagens, sendo o mais famoso “Morais e Dogma”, assim Pike é muito mais conhecido pela sua maior obra publicada em 1871 e não pela revisão do R.E.A.A.. Também, sua obra “Morais e Dogma” não deve ser confundida com a revisão do R.E.A.A, são trabalhos separados. Walter Lee Brown escreveu: “Pike pretendia que (Morais e Dogma) fosse um suplemento ao Rito Escocês, onde abrangia grande instrução moral, religiosa e filosófica completando assim, sua revisão do R.E.A.A.”
Até 1974 “Morais e Dogma” era tradicionalmente presenteado aos candidatos ao Grau 14 º do R.E.A.A., atualmente é fornecido aos candidatos a obra “Uma Ponte para a Luz” (A Bridge to Light) de Rex R. Hutchens. “É lamentável que “Morais and Dogma” seja lido apenas por alguns maçons. “Uma Ponte para a Luz” foi escrito para ser uma ponte entre as cerimônias dos Graus e a leitura de “Morais e Dogmas””, afirma Hutchens.
“Masonry is not a religion. He who makes of it a religious belief, falsifies and denaturalizes it.”
(A Maçonaria não é uma religião. Aquele que faz dela uma opinião religiosa falsifica-a e a desnaturaliza.)
Albert Pike; “Morals and Dogma” (p. 161)
D.Cezaretti / 2005
Bibliografia:
Traduzido do texto publicado no site da PIETRE-STONES Revista da Maçonaria.
O livro “Morais e Dogma” está publicado on-line (em inglês) no site http://www.freemasons-freemasonry.com/