Uma Síntese Sobre o Salmo 133: 1,2,3

“OH! QUÃO BOM E SUAVE É QUE OS IRMÃOS VIVAM EM UNIÃO”

Esta primeira frase é o canto de David pela confraternização dos romeiros, que passam o dia reunido na grande esplanada do Templo. Gente de toda Israel, que mal se conhece, vinda de todas as regiões, ali se congregam como irmãos e irmãs, como membros de uma grande família, de uma mesma nação, que vive sob a alegria profunda de adorarem um só Deus, Javé = Jeová.

Trazendo esta imagem para os dias de hoje, é o que vemos as romarias nas cidades, como exemplo, de Juazeiro do Norte, Ribeirão do Meio, Zona Rural de Conceição, que hoje está extinta, devido à segurança dos peregrinos pela BR, nos mostra também os muçulmanos fazendo a sua peregrinação anual às cidades de Meca, Medina e etc.

“É COMO O ÓLEO PRECIOSO SOBRE A CABEÇA QUE DESCE SOBRE A BARBA, A BARBA DE AARÃO”

Encontramos na Bíblia, em Lev: 8.12 citação a esta passagem que diz: “…derramou do azeite da unção sobre a cabeça de Aarão e ungiu-o para santificá-lo”. Este óleo era um perfume à base de mirra, que é um árvore espinhosa, de folhas envelhecidas, com flores vermelho-amarelo e frutos pontiagudos e oliva usado unicamente para ungir os reis e sacerdotes.

O verbo derramar, aí conjugado no passado “derramou”, significa o mesmo que “jorrou”, isto é, sem moderação, o óleo sobre a cabeça é tão abundante que desceu pela sua barba, daí a referência: “e que desce sobre a barba, a barba de Aarão”. Na tradução da Bíblia autêntica, entende-se por cabeça, ouvido, visão, paladar, olfato, e tato, isto é, significa os cinco sentidos, e o óleo derramado, a purificação dos mesmos.

“E QUE DESCE À ORLA DOS SEUS VESTIDOS”

Que nos trabalhos em Loja Maçônica, quando todos os irmãos estão unidos, harmonizados e concentrados, esse “óleo precioso” vem até nossas cabeças, e nos alastrar gradativamente a Energia Divina. As vestes representam o nosso corpo físico, a nossa parte externa.

Sendo que este óleo precioso (Energia Divina), antes de encharcar nossas vestes (nosso corpo), derrama-se sobre nossas cabeças e barbas (receptor das manifestações vindas da presença de Deus), até a orla dos nossos vestidos (são as emanações que se distribuem por todo o nosso corpo).

“É COMO O ORVALHO DE HERMON…”

Israel faz divisa pelo norte com o Líbano e a oeste com a Síria; o Monte Hermon marca as divisas entre estes países.

Pela sua altura de 2.814,00 metros, seus picos estão permanentemente cobertos de neve.

Nas regiões desérticas, a evaporação da umidade concentra-se nas montanhas e retorna durante a noite sob a forma de orvalho, suprimindo assim a falta de chuvas e propiciando as condições para uma boa colheita e dando com isto, as condições para a fixação do homem a região. Por outro lado o degelo da neve do Monte Hermon, fonte alimentadora do Rio Jordão, que abastece toda a região, irriga o solo palestino, trazendo assim o alimento para o povo. O Monte Hermon, na visão de David, através do seu orvalho, é sinal de vida.

“QUE DESCE SOBRE SIAO…”

O Monte Sião tem aproximadamente 800,00 metros de altitude, daí a expressão “…que desce sobre Sião”, traduzindo, “sobre as colinas de Sião”, porque nos Salmo 125:1-2 há uma bela referência a este respeito:
“Os que confiam no Senhor são como o Monte de Sião, que não se abala, mas permanece para sempre. Como estão os montes à volta de Jerusalém, assim, o Senhor está em volta do seu povo, desde agora e para sempre.”

“PORQUE ALI O SENHOR ORDENOU A BENÇÃO E A VIDA PARA SEMPRE”

David, ao conquistar a fortaleza de Sião, transportou para ali a Arca da Aliança e construiu para ela uma Tenda portátil, ou seja, um Tabernáculo. Com isso Sião tornou-se a “cidade do Senhor”, local da Sua morada, local do seu repouso.

Com a presença da Arca da Aliança, Sião tornou-se a capital religiosa dos Israelitas, um lugar santo, sagrado, conforme se deduz da leitura do Salmo 154.21 que nos diz: “… bendito seja o Senhor, desde Sião que habita em Jerusalém”.

David compara o óleo descendo sobre a cabeça de Aarão com o orvalho descendo sobre Sião. Aarão é sumo sacerdote, o chefe religioso da nação israelita, é a “cabeça” espiritual do povo hebreu, um homem puro, justo e perfeito para as funções sacerdotais, da mesma forma que Sião é a capital espiritual de Israel.

O orvalho sobre Sião é a água que, além de purificar, torna possível a vida ao redor de Jerusalém. É como o óleo (água) caindo sobre Aarão (Jerusalém) porque ali em Sião, (Javé), o Senhor (representado pela a Arca da Aliança) havia ordenado a Sua benção para sempre.

O fato dos romeiros estarem ali reunidos fazia com que a benção descesse para todos. Isto para David é algo concreto. Manifesta-se na natureza, no óleo, no orvalho, nas chuvas, nas águas do Rio Jordão que irriga a terra e a torna fértil tornando possível a posse da Terra Prometida. David emprega uma linguagem prática para mostrar que Sião é o centro religioso de Israel, pois ali o Senhor havia escolhido para Sua morada.

“OH! QUÃO BOM E SUAVE É QUE OS IRMÃOS VIVAM EM UNIÃO.
É COMO O ÓLEO PRECIOSO SOBRE A CABEÇA,
QUE DESCE SOBRE A BARBA, A BARBA DE AARÃO,
E QUE DESCE À ORLA DOS SEUS VESTIDOS.
É COMO O ORVALHO DE HERMON,
QUE DESCE SOBRE SIAO;
PORQUE ALI O SENHOR ORDENOU A BÊNÇAO E A VIDA PARA SEMPRE.”

Fonte para a pesquisa:
http://www.maconaria.net/portal/index.php?view=article&catid=1%3Aartigos-a-pranchas&id=97%3Asalmo-133-analise-e- interpretacao&option=com_content&Itemid=2

M.·.M.·. Miguel Zandonade Feitoza

Fonte:  http://www.maconaria.net

Leonardo Loubak
Leonardo Loubak
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